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O que é a obesidade?

obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal e pode acarretar graves problemas de saúde e levar até à morte. Como se diagnostica a obesidade?

O diagnóstico da obesidade é feito através da medida do Índice de Massa Corporal (IMC). O IMC é feito através de um cálculo simples, que utiliza o peso e a altura.

👉 O IMC tem, sim, falhas, sendo a principal o fato de não considerar a composição corporal (ou seja, duas pessoas com o mesmo peso e a mesma altura terão o mesmo IMC, mesmo que uma tenha quantidades de gordura corporal muito superiores à outra). Mas ainda assim é a medida disponível que se correlaciona melhor com o risco de diversas doenças e com o risco de morrer (!).

Além do IMC, também é adequado o uso associado de medidas que forneçam informações sobre essa composição corporal (como a circunferência abdominal – que se correlaciona com a temida gordura visceral e a medida da composição através de aparelhos de bioimpedância).

O IMC nos permite diagnosticar quadros de obesidade (ou seja, IMC ≥ 30 kg/m2) ou sobrepeso (IMC 25 a 29,9 kg/m2).

Mas atenção! A classificação do IMC não é a mesma para todas as pessoas! Os idosos, por exemplo, são considerados com IMC normal até 27kg/m2 e os asiáticos são considerados com sobrepeso a partir do IMC de 23 kg/m2. Como se define o tratamento? Ao se conhecer o IMC do paciente, classifica-se o grau de obesidade o que definirá a escolha do tipo de tratamento.
  • Obesidade leve: IMC 30 a 34,9 kg/m
  • Moderada: IMC 35 a 39,9 kg/m
  • Grave ou mórbida: IMC ≥ 40 kg/m
Quais as complicações da obesidade? A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, além de problemas físicos como artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço, refluxo esofágico, tumores de intestino e de vesícula. Conheça os sistemas atingidos pela obesidade: Respiratórias
  • Embolia pulmonar
  • Apneia do sono, levando o paciente a fadiga crônica e aumento dos riscos cardiovasculares
  • Falta de ar(dispneia) aos esforços
Cardiovasculares
  • Hipertensão arterial
  • Aterosclerose
  • Doenças cardíacas (angina, infartos, …)
  • Varizes e flebites
Neurológicos
  • Acidentes vasculares cerebrais(derrames)
Ortopédicas
  • Lombociatalgias
  • Artroses em membros inferiores
Digestivas
  • Esteatose
  • Esteato-hepatite (síndrome que ocorre em pacientes que não são alcoolistas, mas que apresentam uma lesão hepática)
  • Cálculos biliares
Endócrinas
  • Hiperuricemia com crises de gota (Ácido úrico elevado)
  • Dislipidemias (colesterol e triglicerídeos aumentados)
  • Diabetes
  • Impotência nos homens
  • Distúrbios menstruais
  • Dermatológicas
  • Eczemas
  • Dermatites
Psiquiátricos
  • Estigma e discriminação social
  • Dificuldades sexuais e afetivas
  • Quadro depressivo
  • Perda da autoestima
  • Alimentação compulsiva
  • Anorexias
  • Bulimia
Social
  • Isolamento social
  • Incapacidade e invalidez física
  • Dificuldade em conseguir roupas apropriadas
  • Dificuldade em realizar a própria higiene
  • Perda ou dificuldade em obter emprego
  • Diminuição da produção e eficiência no trabalho
  • Aumento do custo familiar