Os adoçantes substituem a sacarose (açúcar), podendo ser calóricos ou não calóricos, também denominados como edulcorantes.
A principal razão para substituição da sacarose é aumentar a disponibilidade de alimentos e bebidas para restrição calórica ou de açúcar, quer no sentido de controle de peso, diabetes ou prevenção de cáries.
Tipos de adoçantes:
SACARINA:
1. O primeiro adoçante artificial, sintetizado em 1879.
2. Características que a tornam muito próxima do adoçante ideal: alto poder edulcorante (200 a 700 vezes superior ao da sacarose); alta estabilidade e alta solubilidade em água, não cariogênica e sem calorias.
3. Ingestão diária máxima de 5,0 mg/Kg de peso corpóreo/dia. De forma prática, para uma pessoa de 70Kg atingir a dose máxima recomendada por dia, ela teria que ingerir 3 vidros e meio de adoçante por dia, o que equivaleria aproximadamente a 125 gotas por quilo de peso/dia.
ACESSULFAME-K:
1. É cerca de 180 vezes mais doce que soluções de sacarose.
2. Muito utilizado em produtos industrializados.
3. Como ocorre com outros edulcorantes, a intensidade de doçura não aumenta proporcionalmente ao aumento da concentração.
4. A ingestão diária máxima é de 15 mg/Kg de peso, correspondente, para um adulto de 60 Kg, ao consumo de aproximadamente 6 litros de um refrigerante zero.
ASPARTAME:
1. O perfil de doçura é o que mais se aproxima ao da sacarose.
2. Não deixa qualquer sabor residual amargo, químico ou metálico, frequentemente associados aos demais edulcorantes.
3. Sua doçura é 120 a 220 vezes superior à da sacarose. Geralmente é mais potente em baixas concentrações e em produtos à temperatura ambiente do que em produtos congelados ou quentes.
4. Devido ao seu alto poder adoçante, são necessárias quantidades mínimas para produzir a doçura desejada, reduzindo a ingestão calórica. Recomenda-se a ingestão diária máxima de até 10 gotas/Kg de peso corpóreo dos produtos apresentados sob a forma líquida.
SUCRALOSE:
1. Sua doçura pode variar de 400 a 800 vezes em relação à sacarose e duas vezes a da sacarina. A doçura é de percepção rápida, persistindo por um período ligeiramente maior do que a sacarose.
2. Não possui sabor residual amargo ou metálico.
3. Mostra alta solubilidade em água, além de alta estabilidade térmica em meio aquoso e ácido, assim como ao armazenamento.
4. Entre os edulcorantes intensos, a sucralose é o mais estável.
5. Não é cariogênica.
ESTÉVIA:
1. O esteviosídeo é até 300 vezes mais doce que a sacarose.
2. O perfil de sabor do esteviosídeo é semelhante ao da sacarose, contudo é mais persistente e mostra sabor residual amargo de mentol.
3. A dose máxima estabelecida foi de 5,5 mg/ Kg de peso.
CICLAMATO:
1. Sua doçura é de 30 a 50 vezes mais doce que a sacarose.
2. Não apresenta gosto amargo.
3. Mostra sinergismo com outros edulcorantes.
4. Resistente a frio ou a quente.
5. A dose máxima estabelecida foi de 11,0 mg/ Kg de peso.
Uso de adoçantes durante a gestação:
O uso de adoçantes durante a gravidez deve ser reservado para pacientes que precisam controlar o seu ganho de peso e para as diabéticas. Baseado nas evidências são considerados seguros a sucralose, o aspartame, o acessulfame-K e a sacarina.
Adoçantes para forno e fogão:
Geralmente são em pó, específicos para cozimento ou mudanças de temperaturas.
Dica: Verificar no rótulo a conversão para substituição ao açúcar.